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O JANEIRO BRANCO NOS LEMBRA DA IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL

Quem é professor sabe o quão massacrante pode ser a rotina de trabalho. Muitas vezes, é necessário dar aula em mais de um lugar, o que gera grande cansaço. Também com frequência, a educação é demonizada por parcelas da sociedade, o que contribui para uma desvalorização do trabalho de professoras e professores.

Somando estes e outros fatores, a saúde mental é prejudicada. O Sindicato dos Professores no Estado do Espírito Santo (Sinpro/ES) oferece diversos convênios com profissionais de saúde mental aos seus sindicalizados. Para mais informações, acesse https://www.sinpro-es.org.br/saude/

Neste Janeiro Branco, mês de conscientização sobre a importância da saúde mental, conversamos com Dayse Costa, psicanalista clínica e analista comportamental – ela é professora, palestrante e supervisora da Escola Freudiana de Vitória, instituição conveniada ao Sinpro/ES.

 

1 – Estamos no Janeiro Branco, mês de cuidado com a saúde mental. Professores convivem com uma rotina estressante, como lidar com isso?

Na verdade, lidar com o estresse mantém dois elementos indispensáveis: sono de qualidade e atividade física. São componentes importantes para o próprio corpo se autorregular.

 

2 – Uma parcela da população avança com um discurso de demonização da educação. Um ambiente persecutório pode prejudicar a saúde mental de professoras e professores?

Como educadora e psicanalista, te digo que a educação hoje é um dos fatores mais estressantes para a saúde mental. Não no âmbito da educação em si, mas quanto ao sistema educacional brasileiro. Como professora e dentro do consultório hoje (do lado de cá) te afirmo que o professor perdeu sua autonomia em sala de aula, na escola e na sociedade, gerando sentimento de injustiça, falta de motivação e estresse contínuo. Toda relação precisa de troca, caso contrário gera desgaste. E ser professor hoje no nosso sistema é algo injusto, a começar pelo salário. Ao longo da vida vai gerando insatisfação, injustiça e sim, depressão.

 

3 – Na correria de todo dia, que dicas a senhora pode dar para que cuidemos da saúde mental?

Sono regular e de qualidade e atividade física, respiração 5/7, ⁠Reset Mental (descansar sem redes sociais, na natureza). Dormir cedo aumenta neurotransmissores que combatem o cortisol.

 

4 – A sociedade valoriza o cuidado com saúde mental?

Depois dos nossos dois anos em pandemia, houve um olhar mais especial para a saúde mental e física, contribuindo para a quebra de preconceitos e evitando que muitas pessoas adoeçam em silêncio. Hoje os consultórios estão mais cheios de pessoas buscando qualidade de vida. Terapia não é só trauma, é aprender a viver de forma mais consciente e inteligente.

 

5 – Homens costumam ter uma resistência maior a procurar ajuda, se sentem “fracos”. O que a senhora pode falar sobre isso?

Apesar desse quadro ter mudado muito, ainda existe o tabu de que terapia é sinal de fraqueza.
Mas é necessário informação, pois a terapia é viver de forma inteligente emocionalmente, é evitar conflitos, é saber lidar com a sua raiva, e suas limitações emocionais.

Terapia é viver de forma mais leve. Foi-se o tempo em que terapia era pra quem tinha diagnósticos.

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